O auto-conhecimento é uma necessidade que todo ser humano deveria cativar e suprir com constância, em um ciclo de renovação e de mutação de si próprio, já que, como dizem parábolas orientais, o bambu é resistente porque ele consegue se dobrar ante a ventania.
Christopher acaba de se formar na high school e pretende estudar Direito na Universidade de Harvard, com o dinheiro que juntou durante algum tempo. Entretanto, por razões deveras inexplicadas, ele se desfaz do dinheiro e deixa a família, para sair viajando, vivendo sozinho e se virando pelas diversas paisagens que a viagem lhe proporciona.
Com uma trilha sonora notável - inteiramente composta e cantada por Eddie Vedder -, o filme mostra toda a trajetória do jovem Christopher, tendo ele convivido com algumas pessoas que o marcaram e nas quais ele deixou marcas fortíssimas, pela sua coragem e serenidade. Sua viagem, entretanto, possuía um propósito maior.
Desacreditado com a sociedade e com as pessoas, Christopher passa dois longos anos nessa viagem, buscando "destruir o falso ser dentro de si e vitoriosamente concluir a revolução espiritual". Desfrutando da "liberdade absoluta", o personagem nos traz questionamentos filosóficos com os quais deveríamos nos defrontar no dia-a-dia. Além disso, ele questiona diversos conceitos impostos pela sociedade para nós, como o dinheiro, a necessidade de uma carreira, a hipocrisia, falta de amor, visões limitadas da vida, entre outras.
Um dos pontos que mais me fez pensar ao longo do filme, de fato, é a dualidade entre a felicidade originada da solidão, na liberdade absoluta da natureza e a felicidade originada das relações entre as pessoas. Do meu ponto de vista, ao longo do filme, Christopher - que, por estar desapontado e querer abandonar a sociedade - passa de tentar viver inteiramente só, para reconhecer a importância das outras pessoas em sua felicidade - "A Felicidade só é verdadeira quando dividida".
Ademais, a crítica feita pelo filme é mais do que uma crítica à sociedade como insituição. É uma crítica feita a uma sociedade composta por pessoas cujas relações estão apodrecendo, graças à hipocrisia e ao desrespeito com o qual as pessoas se tratam. Vai além de uma crítica econômica e social, é algo que demonstra a fragilidade das pequenas relações entre indivíduos, principalmente se regada a mentiras.
O final me parece algo bem simbólico, também, mas vou discutí-lo apenas nos comentários, caso alguém se manifeste para tal.
Há diversas citações que eu gostaria de fazer, mas todas elas seriam destituídas de muito de seu significado se não estivessem relacionadas à experiência emocional de assistir ao filme. Portanto, caso você não o tenha assistido, vá à locadora mais próxima de sua casa, ou simplesmente baixe aqui, via torrent.
" People just need to change the way they look at [those] things."
Por Eduardo Souza e considerável participação de Gabriela Araújo
Há muitas ferramentas para conhecer a si mesmo. Infindas, na realidade. É provável que haja tantas maneiras diferentes quantas são as pessoas na Terra. Entretanto, gostaria de falar do modo retratado pelo filme Into the Wild.
Christopher acaba de se formar na high school e pretende estudar Direito na Universidade de Harvard, com o dinheiro que juntou durante algum tempo. Entretanto, por razões deveras inexplicadas, ele se desfaz do dinheiro e deixa a família, para sair viajando, vivendo sozinho e se virando pelas diversas paisagens que a viagem lhe proporciona.
Com uma trilha sonora notável - inteiramente composta e cantada por Eddie Vedder -, o filme mostra toda a trajetória do jovem Christopher, tendo ele convivido com algumas pessoas que o marcaram e nas quais ele deixou marcas fortíssimas, pela sua coragem e serenidade. Sua viagem, entretanto, possuía um propósito maior.
Desacreditado com a sociedade e com as pessoas, Christopher passa dois longos anos nessa viagem, buscando "destruir o falso ser dentro de si e vitoriosamente concluir a revolução espiritual". Desfrutando da "liberdade absoluta", o personagem nos traz questionamentos filosóficos com os quais deveríamos nos defrontar no dia-a-dia. Além disso, ele questiona diversos conceitos impostos pela sociedade para nós, como o dinheiro, a necessidade de uma carreira, a hipocrisia, falta de amor, visões limitadas da vida, entre outras.
Um dos pontos que mais me fez pensar ao longo do filme, de fato, é a dualidade entre a felicidade originada da solidão, na liberdade absoluta da natureza e a felicidade originada das relações entre as pessoas. Do meu ponto de vista, ao longo do filme, Christopher - que, por estar desapontado e querer abandonar a sociedade - passa de tentar viver inteiramente só, para reconhecer a importância das outras pessoas em sua felicidade - "A Felicidade só é verdadeira quando dividida".
Ademais, a crítica feita pelo filme é mais do que uma crítica à sociedade como insituição. É uma crítica feita a uma sociedade composta por pessoas cujas relações estão apodrecendo, graças à hipocrisia e ao desrespeito com o qual as pessoas se tratam. Vai além de uma crítica econômica e social, é algo que demonstra a fragilidade das pequenas relações entre indivíduos, principalmente se regada a mentiras.
O final me parece algo bem simbólico, também, mas vou discutí-lo apenas nos comentários, caso alguém se manifeste para tal.
Há diversas citações que eu gostaria de fazer, mas todas elas seriam destituídas de muito de seu significado se não estivessem relacionadas à experiência emocional de assistir ao filme. Portanto, caso você não o tenha assistido, vá à locadora mais próxima de sua casa, ou simplesmente baixe aqui, via torrent.
" People just need to change the way they look at [those] things."
Por Eduardo Souza e considerável participação de Gabriela Araújo
A busca pelo auto-conhecimento mostrada no filme deve ser a mais difícil de ser efetuada... Ele abriu mão de tantas e tantas coisas por isso. :~ Deixou uma vida inteira para trás com o objetivo de viver uma outra vida, completamente diferente da que vivia antes.
ResponderExcluir"Com uma trilha sonora notável - inteiramente composta e cantada por Eddie Vedder(...)"
Oun! A trilha sonora é linda, linda de viver! :)
"Do meu ponto de vista, ao longo do filme, Christopher - que, por estar desapontado e querer abandonar a sociedade - passa de tentar viver inteiramente só, para reconhecer a importância das outras pessoas em sua felicidade(...)"
Ahm... Eu não acho que o objetivo dele, ao se distanciar da sociedade, era reconhecer a importância das pessoas na sua felicidade. Acho que isso foi algo a mais que ele descobriu ao se "refugiar".
E esse filme, de fato, faz a gente refletir bastante... É ótimo :)
"Por Eduardo Souza e considerável participação de Gabriela Araújo"
Só pra deixar claro que eu não tenho mérito nenhum na execução desse ótimo texto, apenas indiquei o filme! haeuhaeuhaueahe :}
Sim, Gabs!
ResponderExcluirMas toda forma de auto-conhecimento, e, principalmente, de mudança, custa algo.
Hum, eu não disse que era o objetivo dele desde o começo! Mas sim que ele passa pelo processo de viver só para, só depois, reconhecer a importância dos demais. :B Exatamente o que tu disse.
E você teve participação no texto também! Nem venha! HUAEHUEAHUEHAUEAHAE
Ótimo texto cara, deixou bem claro a idéia do filme e o motivo de ser tão bom!
ResponderExcluirE falou bem sobre a trilha sonora, INCREDIBLE. Não tem quem não note, depois do filme da vontade de sair carregando uma mochila e mp3 escutando Eddie Vedder XD
Abraços!
PS: Ah! Parabéns a Gabriela também, foi muito boa a idéia into the wild XD, o vi em 2008, lembrar agora me fez querer assisti-lo mais uma vez!
Como de velho costume: vou assistir ao filme e na sequência eu volto pra comentar sobre o mesmo.
ResponderExcluirMas pelo visto, vai ser uma experiência bem interessante