No interlúdio da queda do sistema feudal - ou campestre - e o surgimento do sistema industrial nas grandes cidades, o comércio baseava-se em um processo que costumo nomear pré-toyotismo. Claro que nesta época - algo em torno de 1600 e 1700 antes de Cristo - o conceito de toyotismo não estava presente nem na mente mais ambiciosa constatada, entretanto, ambos os sistemas tinham em comum fatores como a personificação do produto e a produção para consumo imediato (just in time).
Na mesma medida do crescimento do sistema capitalista, o lucro tornou-se alvo principal da (in)consciência humana, como bem podemos notar a herança resguardada à nossa sociedade. Um bom exemplo dessa falta de limites é a indústria americana Rockfeller, que, durante a Segunda Guerra Mundial, vendeu instrumentos bélicos tanto para os países Aliados, como para os do Eixo. Isso sem esquecer que as próprias guerras possuem um interesse financeiro incalculável.
Tomando como ponto de partida o cenário Pós-Segunda Grande Guerra, nota-se uma mudança gritante na indústria do consumo. Mudança essa ocasionada pela razão das empresas terem se tornado corpos mais sólidos que os próprios governos os quais "cuidam do nosso bem-estar". Então, seguindo a lógica, nada torna-se mais plausível que a alienação, para que as elites consigam manter seu posto de soberania. Então, com as cartas na mesa, a ética e a valorização da vida viraram interesse econômico: consumo desenfreado, conceitos pré-definidos, maquinização do homem, humanização da máquina, et cetera.
É, então, na questão da sustentabilidade que o documentário acima tenta atuar. Não apenas em um âmbito filosófico, mas factual, demostrando que como vivemos em um mundo finito, o ciclo produtivo tem que, falando de uma maneira pleonástica, ser cíclico. Embora eu queira inclusive apelar para a desumanisação que este sistema nos causa - o que é pouco abordado no vídeo.
Com os números em mãos e os fatos em pauta, só nos resta a sabedoria para não apenas perceber, mas fazer algo que evite que a Gaia Ciência continue sendo o nosso próprio câncer. Sim, nós vivemos em um sistema em crise e a nossa maior crise é a de identidade, já que tudo tende a ser pré-determinado. O que não precisa ser assim.
Com os números em mãos e os fatos em pauta, só nos resta a sabedoria para não apenas perceber, mas fazer algo que evite que a Gaia Ciência continue sendo o nosso próprio câncer. Sim, nós vivemos em um sistema em crise e a nossa maior crise é a de identidade, já que tudo tende a ser pré-determinado. O que não precisa ser assim.
Por Italo Lins
Cara como assim??
ResponderExcluirParabens por mais um excelente post.
Continue assim!
(tente crescer mais na blogsfera, porq vc tem o talento q mts n tem, q eh a capacidade de escrever topicos uteis...vc no atual servidor ta disperdiçando esse talento, e eu mts vezes vejo textos ricos de conhecimento e sabedoria sem nenhum comentário, o q trasmite a ideia de que ninguem lê...pense nisso)
Nossa, fico muito grato pelos elogios e saiba que nós estamos trabalhando pra que o conteúdo do blog sempre tenha um alto padrão de qualidade.
ResponderExcluirE sobre a questão de ampliar as nossas raízes, eu acho um tanto complicada porque não sabemos exatamente os meios pelos quais podemos galgar. As nossas únicas formas de divulgação são pelo orkut - naquela parte de status de ambos os escritores -, twitter, e o site ocioso.com.br.
Então, basicamente, as pessoas que entram o fazem por um estado de necessidade, o que é justamente o nosso objetivo: não estamos preocupados com números de acesso, mas que realmente o nosso conteúdo seja lido e que cause reflexões. Mas mesmo assim, estamos abertos à sugestões.
Obrigado pela presença mais uma vez, abraços!