15 de novembro de 2009

Entrevista com The Chariot



No mês de agosto, escrevi para a revista Horns Up! uma entrevista com a banda The Chariot, acerca de seu último trabalho de estúdio, "Wars and Rumors of Wars", que por sinal, é avassalador. O baixista - Wolf - foi o encarregado em responder minhas indagações da entrevista que segue abaixo.

1 - “Wars and Rumors of Wars” é curto, direto e pesado como um soco. Quais tipos de sentimentos vocês tentaram refletir com este álbum?

Quando nós escrevemos os nossos álbuns nós temos a intenção de captar a essência de nosso desempenho ao vivo e encaixa-la em um álbum, ao invés de gravar um CD e tentar excuta-lo ao vivo. Caso nós cometamos algum erro durante a gravação, nós normalmente preferimos deixa-lo do jeito que ficou. Queremos apenas fazer algo real.

2 – O novo álbum, em minha opinião, contém as melhores músicas já produzidas pela banda. Em sua opinião, quais foram as principais mudanças em relação aos dois álbuns anteriores?

Uma diferença fundamental entre esse álbum e os anteriores é que, na verdade, nós conseguimos uma fatia maior de tempo para compô-lo. “The Fiancee” foi escrito em menos de uma semana, enquanto nós ganhamos a possibilidade de escrever este último (álbum) em um mês e meio. O novo álbum, em minha opinião, possui uma sonoridade mais completa.

3- A influência principal da banda é baseada na imagem de Jesus Cristo e em todo o credo cristão?

A única razão de eu estar aqui é por causa de Jesus Cristo e pela sua capacidade de me salvar de mim mesmo. Todos os aspectos das nossas letras em relação a nossa performance ao vivo é uma oportunidade de louvá-lo.

4- Existe algum tipo de pré-conceito entre a fé referente ao Cristianismo e o Metal? Vocês acham que os moshpits, que são comuns em um show, são maneiras de agressão ou apenas instrumentos para a diversão do público?

As músicas pesadas são belas oportunidades em que podemos louvar a Deus. Eu acredito que são raros os momentos e as oportunidades em que você pode pular e gritar livremente para demonstrar o quão entusiasmado você está em relação a algo. É claro que as pessoas são livres para fazerem o que quiserem, então posso dizer que são divertidos para alguns, mas podem ser uma maneira de machucar pessoas para outros.

5- O título "Wars and Rumors of Wars" (Guerras e Rumores de Guerras) aparenta ser um pouco politizado. Qual é a visão da banda em relação ao imperialismo executado pelos Estados Unidos no Oriente Médio? (Caso vocês realmente achem que os Estados Unidos da América sejam uma nação imperialista)

O título de fato não é politizado. Na verdade, ele foi retirado do livro de Matheus (uma passagem bíblica) que citava o momento em que Jesus argumentava sobre o fim dos tempos. Em relação à banda, nós realmente não abordamos o lado político em nossas letras.

6- Vocês acham que a música em geral tem a capacidade de mudar a mente humana de uma maneira positiva? Mesmo quando a música ela mesma se torna uma fonte de alienação?

A música definitivamente tem a capacidade de mudar a mente humana. Para mim, não é apenas a melodia, mas o significado que podemos alcançar por detrás dela. Em relação à alienação, eu nunca tive essa experiência. Eu sempre pensei que a música tem o poder de unir as pessoas, abrindo uma oportunidade para um diálogo cujo conteúdo retoma a um assunto em comum.

7- No dia 29 de abril de 2009 o álbum encontrava-se integralmente disponível para a audição no Myspace. Qual é a opinião da banda em relação aos downloads?

Na verdade, a banda não sabia que isto iria ocorrer, mas posso dizer que supostamente isso foi feito para auxiliar as vendas do álbum. Em relação ao fato do download ser executado de forma ilegal, parece-me um ato bastante esquisito. Nós sabemos que há casos em que alguém não irá gostar da nossa banda o suficiente para ter vontade de comprar nosso álbum. Mas através do download do mesmo há uma chance dessa mesma pessoa começar a gostar, e, caso este fato faça brotar uma vontade de nos ver ao vivo, então, para nós, é extremamente válido. Mas eu não me sentiria correto ao fazer um download ilegal.

8- 25,000 cópias do CD foram autografadas e enumeradas pela própria banda. De quem surgiu essa idéia? Vocês acham que isso serviu para estimular os fãs a comprarem o álbum?

A idéia surgiu em uma das várias noites em que passamos no Waffle House nos divertindo e pensando em coisas absurdas a se fazer. Nosso vocalista (Josh Scogin) e nosso guitarrista pensaram nisso e resolvemos acatar a decisão. A razão em termos feito isso não foi exatamente com o intuito de aumentar as nossas vendas, mas sim em fazer algo especial para aqueles que estavam comprando o nosso material. Há inúmeras bandas que estão desconectadas dessa parte dos próprios álbuns. É realmente gratificante ir a um lugar como o Best Buy e encontrar algo feito à mão pela própria banda.

9- Em relação às turnês, qual foi o evento mais gratificante em que o The Chariot teve a oportunidade de tocar?

10- Vocês são uma das bandas mais energéticas em palco e possuem uma das performances mais destrutivas que eu tive o prazer em presenciar. Alguma vez algum integrante da banda machucou-se em cima do palco?

Viajar cruzando os mares tem sido a experiência mais divertida e gratificante para nós. Nós tivemos uma oportunidade de ir para a Rússia no inverno passado e o público foi maravilhoso. Eles estavam escalando uns nos outros e pulando do palco. Em relação a ficar machucado enquanto tocando, Deus tem nos abençoado com alguns poucos cortes e machucados.

Para acessar o myspace da banda, clique AQUI.

Por Italo Lins

2 comentários:

  1. Sério que tu mandou essa entrevista pra revista e eles responderam? o_o

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  2. Sim, sim, cara!

    Eu escrevo desde o mês de junho para uma revista online especializada em bandas do gênero - Horns Up!.

    A cada dois meses uma edição é lançada na internet tanto em formato .pdf como em flash, e eu sou encarregado de fazer algumas resenhas de lançamentos e entrevistas.

    Se quiseres dar uma sacada, é só clicar no link que deixei no nome da Horns Up!

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