13 de junho de 2010

O Limite entre Convicção e Loucura

Estava pensando.

Acreditar é o que importa. Para usar um exemplo extremo: para quem acredita em Deus, Deus existe. Entretanto, é loucura - idiotice, talvez - deixar tudo 'nas mãos de Deus'. Mas, ora, se alguém que acredita veementemente em Deus, deixa tudo nas mãos Dele, teoricamente, Ele existe e vai cuidar de tudo.

O mesmo vale para nossas convicções - não seria religião uma convicção? - e relações entre as pessoas. Cada um de nós vive 'uma realidade' diferente, já que a realidade é aquilo que nós percebemos, e, claro, todos percebemos de maneiras diferentes. Logo, todos somos loucos em algum grau.

Então, qualquer coisa que nos altere a percepção - há uma percepção 'normal'? - é um alucinógeno, um acesso de loucura, um paralelismo ao universo 'real'. Qualquer sentimento, qualquer sensação, até mesmo o humor que você está sentindo agora é, em algum nível, loucura.

"Ou a própria Tia Flora, quem pode provar que não?" Ora, para Caio, aquela estrela era Tia Flora. E qualquer um que dissesse que não era, poderia acreditar que não fosse, mas isso, para Caio, não importava. Ele tinha fé, e acreditava. Como em "À Procura da Felicidade", todos diriam que o personagem de Will Smith era louco, por tentar coisas tão improváveis, mas não. Ele estava certo em fazer cada uma daquelas coisas.

Até que ponto nós devemos nos ater a nossas próprias crenças, e esquecer o que o resto do mundo acha? Até que ponto nós devemos ignorar a pressão social, e fazer revoluções - por menores que sejam - em nossas vidas? A pressão social é exatamente 'o chamado da realidade'. O coletivo lhe privando da individualidade, fazendo com que você aja como eles.

2 comentários:

  1. Caraleo!

    É por esses e outros textos que eu assinei o feed dessa bagaça, hahahahahha

    Muito foda!

    Nunca mais poderão me chamar de louco! RÁ

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  2. Ow, uma coisa que percebi. Abandonou o blog???

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